Monster Hunter - Qual o melhor da série?

 


Relatarei aqui um pouco da minha experiência com cada Monster Hunter que joguei, mais ou menos na ordem cronológica.

Meu primeiro contato foi a muito tempo atrás via Fórum Players, em um tópico criado pelo usuário Lucsdf que ensinava como jogar o Monster Hunter Freedom Unite online via conexão com o PS3 e umas gambiarras extras. Ele também criou um tópico semelhante para Demon's Souls tipo Let's Play, contando suas mortes antes de se tornar sucesso, bem no lançamento da versão asiática em inglês, mas isso é outra história.

No período que comprei o PSP o Freedom Unite foi um dos primeiros jogos que joguei.

Monster Hunter Freedom Unite (PSP) - 1ª tentativa

Uma das coisas que mais me cativava no jogo era sua CG de abertura, absolutamente incrível.


Ao jogar porém o jogo assustava. Ele começa em uma área de gelo, você tem que tomar drinks quentes para a stamina não cair rápido. As armas pedem fio e você gasta um item para amolar. Para um jogador inexperiente que economiza recursos, ter que gastar itens para falhar e perder tudo era um tanto assustador, mas claro que hoje vejo como nada disso é problema, ter que usar diversos itens para sobreviver é uma maravilha e o jogo te dá todos recursos necessários.

Outro ponto é na escolha da arma, eram  tantas e tão diferentes, que só fazer o tutorial de todas tomou um tempão, decidi jogar um pouco mais com a Greatsword, quando vi já tinha feito 20 horas e ainda  estava perdido, acabei dropando o jogo, mas não tinha achado a experiência ruim, tinha aprendido um monte de coisa, mas decidi tentar de novo em outro jogo.

Monster Hunter Portable 3rd (PSP)


Aqui foram em dois momentos, o primeiro no PSP, não fui muito longe, o segundo no emulador anos depois pelo grande diferencial de usar a câmera no segundo analógico de um controle. O jogo fica lindo pois o emulador só roda uma versão que usa arquivos do port para PS3.

Usei o Switch Axe que é uma arma complexa com 2 modos, um machado que se transforma em uma espada. Nem testei as outras que já existiam no Freedom Unite já para não cometer o erro de gastar um tempão e ainda assim ficar indeciso.

Foi uma boa experiência, mas eu só terminei o Low Rank e achei que já tinha terminado, que só ia repetir os monstros no high rank, o que não é verdade. Também ainda não tinha entendido bem como aproveitar o modo single player (Village Quests) e multiplayer (Hub Quests), ficava frustrado em não jogar em grupo porque na CG de abertura mostra boas interações entre membros de equipes. 

Mas CG é só demonstrativo, né, a experiência real é bem diferente e é um jogo primariamente para um jogador, é onde você passa uma boa parte do tempo para liberar as features da vila variando de 60-80 horas só de jogo exclusivamente single player. A Hub Quest e seus monstros exclusivos e novos chefes finais, são viáveis sozinho, como se fosse um nível de dificuldade extra, onde o multiplayer só deixa tudo extremamente mais fácil, beirando ao banal (Tirando alguns eventos específicos).

Monster Hunter World (PS4)


Então veio Monster Hunter World. Já tinha me acostumado com o gênero também graças ao PS Vita a partir de Soul Sacrifice, procurei tudo que era similar para jogar no Vita. Mas ainda queria entrar no Monster Hunter que fazia tanto sucesso e só namorava os demos dos jogos do 3DS, mas não tinha coragem de comprar nenhum sem o segundo analógico para câmera.

Quando anunciaram o World eu estava achando o investimento muito pesado, achava que a Capcom ia quebrar a cara financeiramente e que os trailers exageravam nos combates. Mas para minha surpresa, quando joguei o demo, vi que os trailers faziam jus a ação das lutas, na verdade elas eram melhores! E quem quebrou a cara fui eu quando o jogo se tornou o mais vendido da Capcom de todos os tempos. Realmente achava que seria preju!


Criei uma personagem feminina dessa vez, nome e cabelos brancos em homenagem a Nier Automata, acompanhado pelo gato TicoNya.

Escolhi Charge Blade, outra arma complexa com várias formas, uma espada que se transforma em um machado (Sim, algo estranho com os nomes da Charge Blade e Switch Axe). Muito me interessava o escudo também, um gosto adquirido do Demon Souls.

Combate maravilhoso, batalhas realmente épicas e o sistema de SOS foi a melhor implementação, facilmente recrutando e formando uma party completa online.

Depois de tanta diversão eu fiquei desesperado por mais e decidi voltar e jogar toda a série novamente.

Monster Hunter Freedom Unite (PSP no Vita) - Jogada oficial


Voltei novamente para o Freedom Unite, para pagar minha dívida do passado, agora sim sabendo o que fazer, que item usar, sem dó de usar. Fiz um personagem masculino e usei a Greatsword novamente, foi o que me adaptei melhor na movimentação desse jogo.

Dessa vez joguei no Vita, o jogo tinha sido dado na PS Plus, achava melhor jogar algo em quests no portátil e evitava a tentação do savestate do emulador. No Vita dava para controlar a câmera no segundo analógico. Situação perfeita para jogar, dessa vez foi.

Uma das grandes críticas que lia do World era que o jogo era mais fácil. Pura mentira! Freedom Unite é fácil para caramba, o comportamento dos monstros é bem simplório, cada monstro basicamente adicionava um movimento ao monstro anterior, ficando mais complexo aos poucos. Até me surpreendi o quanto o jogo tinha uma curva de progressão amigável. Então comparando o Low Rank com Low Rank, High Rank com High Rank e jogando ao mesmo tempo os dois jogos, o Freedom Unite era mais fácil. A grande diferença é que ele tem um nível a mais, o G Rank das expansões.

Claro que o mais difícil sempre será o primeiro que você joga! Da mesma forma que tinha impressão que ele era, até jogar para valer e com a experiência do World (E um pouco do 3rd Portable).

Freedom Unite é basicamente um título comemorativo que une todo conteúdo do Monster Hunter 1 e 2 e mais um bocado de monstro inédito, ele tem realmente muito conteúdo, é o ideal para experimentar o inicio da franquia.

Monster Hunter 3 Ultimate (3DS)


Outra crítica comum ao World é o pouco conteúdo, mas é que a maioria dos jogos lançados no ocidente são a versão Ultimate. Nem se compara ao Monster Hunter Tri do Wii, ele é o jogo com menos monstros, até mesmo armas foram removidas, muitas armas, foi uma grande capamento, mas por um bom motivo, semelhante ao World ele iniciou uma nova fase para a série, os modelos de monstros foram refeitos, vários esqueletos novos de monstros, combate aquático, moveset de armas, foi um grande salto e a base para os próximos jogos irem adicionando em cima.

E claro, joguei a versão Ultimate do 3DS com todas as classes de armas incluídas e muito mais monstros e conteúdo.

O grande ponto de destaque foi a batalha contra o Rathalos, uma diferença enorme do Freedom Unite para o 3 Ultimate, um comportamento e animação de movimentos muito mais ricos e já próximo do World e isso se refletiu com os outros monstros adicionados como Uragaan e Volvidon.

Fiz uma personagem feminina, decidi ir alternando em cada jogo e usei como arma a longsword que é super divertida de usar.

O salto no nível de qualidade dos monstros me fez apaixonar pelo jogo, eles realmente pareciam mais vivos. A arte mais colorida. Fora isso o combate aquático, com seus pontos negativos e positivos, só pode ser encontrado nesse jogo e provavelmente continuará sendo exclusivo dele, junto com a maneira que os monstros interagem debaixo d'agua, o que torna ele mais único ainda e o meu segundo jogo favorito da franquia.

Monster Hunter 4 Ultimate (3DS)


Na sequência já emendei o Monster Hunter 4 Ultimate. Fiz um char masculino usando Sword and Shield pois queria uma arma que usasse mais o ataque elemental, abusar mais das fraquezas dos monstros, queria variar a build que geralmente pendia pro Raw damage.

Não sei se foi a melhor escolha, não achei tão divertido jogar com essa arma. Mas depois do MH4U o Sword and Shield ganharam mais habilidades, então não sei hoje.

Outro ponto foi que tive a impressão do jogo estar muito mais próximo do Freedom Unite, muitos monstros antigos retornam, o que é bom, mas achei que o Rathalos se comportava de maneira muito mais próxima do jogo antigo que no 3, me fez pensar que as equipes se alternavam e que o time do 3 já estava trabalhando no World, não é só o moveset do Rathalos, o 3 tem outros elementos como um protótipo das explorações, onde você pode explorar 1 mapa e lutar à vontade, sem limites de mortes ou tempo, com a diferença que você só podia fazer isso em 1 mapa, isso se aplica a outras pequenas features de gameplay.

Enquanto no 4 o sistema de evolução dos Palicos, animação da cozinha e outras features eram mais próximas da primeira geração.

Independentemente, o 4 teve um grande salto na apresentação da história, o personagem faz parte de uma caravana e vai visitando várias localidades, conhecendo, ajudando, construindo e liberando features. A parte Ultimate em particular tem uma boa batalha final e tem um grupo de personagens com título "Ace" carismáticos que co-protagonizam esses eventos, sendo o Ace Cadet  um dos personagens secundários recorrente no World com outro apelido.

Monster Hunter Generations Ultimate


Como jogar no 3DS estava destruindo minha mão, decidi pular o Generations e ficava suspirando com sua expansão no Switch, XX. Cheguei a cogitar comprar em japonês mesmo, já tinha sido lançado há um bom tempo podia não ter tradução, mas não tive que esperar tanto após o MH4U, anunciaram a versão americana e comprei um Switch para jogar ele.

Generation Ultimate é um jogo muito especial, pois assim como Freedom Unite engloba tudo das primeiras gerações e adiciona mais, o Generations também faz juntando boa parte do conteúdo do MH4 com Portable 1, 2 e 3, quase todas as quests e monstros, todas as cidades dos Portables, seus NPCs dando quests, mais a presença de NPCs do MH3 e 4 principais, armaduras colaborativas, muitas variações de armaduras novas, é um conteúdo realmente insano, gigante juntando as 4 primeiras gerações de jogos.


Fiz um personagem masculino e comecei com Hammer, mas acabei trocando para longsword que me diverti tanto no 3, queria jogar de novo com ela e usei o Style Valor.

Basicamente o jogo adiciona 6 opções de movesets diferentes para cada arma, multiplicando 6 x 14, são 84 formas diferentes de jogar. Ah! Fora que você pode jogar como Palico e suas várias classes diferentes, é um modo chamado Prowler, então o número sobe para umas 90 formas!

Além disso o jogo base tem um grupo de monstros chamado "Fated Four" que são realmente 4 monstros bem legais, capricharam nas músicas deles também. Da mesma forma, todas batalhas finais, da Village Quest e do Hub são muito boas e marcantes.

O jogo mexe em muitos sistemas de jogo, a maneira de evoluir equipamentos é diferente, as armas tem levels, você usa materiais dos monstros para upar as armas e armaduras. O jogo tem ataques especiais que é preciso encher uma barra durante a luta! É o jogo mais rico da série, mas também não é nada convencional! Experimentaram muito. 

Eu particularmente gostei muito das possibilidades, cada arma de Monster Hunter te proporciona uma experiência totalmente diferente e aqui pude repetir uma arma e ser outro jogo, com outras regras de gameplay.

A história é mais nula em termos de cutscenes, mas jogando a série na sequência, gostei de ver que há uma certa progressão na história do mundo, indo até a criação dos Airships e no Generations Ultimate eles sendo melhorados mais ainda, possibilitando a exploração do novo mundo, o novo continente do Monster Hunter World.

Monster Hunter World: Iceborne (PS4)


Por fim o retorno para o World na expansão Iceborne. A batalha contra Velkhana, Shara Ishivalda, fora retorno de velhos monstros, cada retorno repaginado e emocionante, culminando na batalha final contra Fatalis, agora sim fazendo jus a lenda em torno do seu nome.

Algumas features em relação a Clutch Claw não gostei tanto, também achei que demoraram muito em liberar updates das features relacionadas a Layered Armor e customização das armas. São features que quero ver melhor trabalhadas no futuro.

Nunca fiz tantas horas em um save só, até levei um susto quando abri o save recentemente para jogar os últimos updates.


Foi uma intensa maratona desde o World até o dia de hoje. Ainda jogo o Monster Hunter Generations Ultimate quando quero matar a vontade, ele realmente é gigante! 

Mas agora é guardar o hype para o lançamento de Monster Hunter Rise no ano que vem, preciso de um Monster Hunter novo!


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