Wild ARMs é uma das minhas séries favoritas, sempre com arte e música de temática de Velho Oeste, mas se desenvolvendo como um JRPG normal, com magia, summons chamados de Guardians, robô gigante... Sim, os jogos sempre vão longe! Mas até este ano nunca tinha terminado o último da série (fora mobile), Wind ARMs XF para PSP. XF pronunciado como Crossfire.
Porém enquanto os outros são RPGs onde um dos destaques é a exploração do World Map, o XF é um S-RPG. A produtora Media.vision já vinha adicionando elementos elementos do gênero com batalhas em grid no Wild ARMs 4 e 5 e hoje em dia esse gênero é a especialidade dela, trabalhando com praticamente todas as grandes empresas do mercado, como no Valkyria Chronicles, série Shining, Summon Night 6 e até mesmo nos Fire Emblems de 3DS.

A história do jogo se passa em um dos países de um planeta chamado Filgaia, o mesmo nome em todos os jogos, mas todos se passam em mundos diferentes.
Esse país é chamado de Elesius. A protagonista Clarissa e seu companheiro Felius chegam neste local atrás de Rupert, assassino de sua mãe e que está com uma espada que pertencia a ela, Iskander Bey. Mas essa é a desculpa para protagonista chegar em um local desconhecido, logo o foco da história passa mesmo para o país em si, que em pouco tempo passou por sucessivas formas de governo e possui muita instabilidade, atualmente sob o domínio de um Conselho tentando restabelecer a ordem através do grupo militar Martian Guard, de maneira bem opressiva, o que por diversas situações fará a protagonista Clarissa liderar uma fronte de libertação chamada Chevalet Blanc.
O início do jogo é bem lento, mas ele reserva muitas reviravoltas no meio do caminho. Particularmente, a direção narrativa me lembrou Wild ARMs 4. Uma das características que existem nos dois jogos são o destaque dado aos antagonistas. Após todos estágios, simplesmente todos estágios, há uma cena que aborda o grupo de antagonistas, como é um conselho, são vários! Isso acaba aumentando muito mais o nível de emoção quando você finalmente os enfrenta.
Mas o jogo é longo o que faz a história parecer arrastada, principalmente no início antes de começarem os primeiros Plot Twists.
O tempo de jogo supera fácil as da 60 horas numa primeira jogada, terminei na casa das 72h. Como disse no título, é um SRPG Hardcore.
ARMs no jogo são o que possibilita a troca de classes. Logo no início o jogo é muito dedicado a elas, cada classe que você libera vai possuir um ou dois estágios dedicados. Wild ARMs também é conhecido por puzzles e eles traduziram isso na forma de SRPG, com vários mapas sem confronto direto, furtivos, sem deixar inimigo te ver, ou resolvendo quebra-cabeças que exigem que você tenha classes específicas equipadas. Isso faz com que você precise repetir estágios pelo menos uma, jogando a primeira para entender o que tem que fazer e assim poder organizar a party de maneira correta.
Isso torna o jogo pouco amigável para quem quer seguir só a história, mas ao mesmo tempo, bem especial para quem quer um SRPG que não resuma a matar todos e partir para o próximo mapa, com cada mapa com objetivos diferentes de fato.
Esse é o ponto mais importante que posso destacar, tem que começar o jogo sabendo que o gameplay vai te cobrar e que não será fácil terminar um estágio de primeira.
É o ponto que pode te fazer largar o jogo, mas ao mesmo tempo o que torna ele especial, já que é difícil achar SRPGs com essa variedade de estágios e desafios no mercado.
Por último, a dublagem americana é horrível. Esse é daqueles casos que não há dúvidas, é péssima. Mas o jogo é dual-audio, porém só dá para mudar após assistir a primeira cena e ter acesso (E não se deixem enganar por ela). Fica a dica.
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