Daemon X Machina é um jogo de ação produzida pela Marvelous e com ex-produtores de Armored Core, franquia longa e antiga da From Software, mas que foi deixada de lado depois de achar um gigante sucesso com a série Souls. Não foi o único jogo a clamar ter os produtores de Armored Core na equipe, Left Alive foi outro jogo, porém este tem um foco no combate humano e ainda não joguei.
O importante é, em Daemon X Machina, o clamor de ligação com Armored Core é correspondido?
Sim. Obviamente é uma nova franquia com suas características particulares, mas gameplay já nasce com alta qualidade e rico de customização.
O combate é rápido e majoritariamente aéreo, durante o combate você pode levar até 4 armas principais (2 em cada braço), uma arma de ombro e uma arma auxiliar (Minas, granadas de flash ou algo mais de suporte de vôo ou estabilidade). Então o arsenal de combate é grande durante as lutas.
Cada parte do mecha pode ser customizado com um equipamento diferente e eles possuem uma grande lista de status como no Armored Core, peso, capacidade de mira, defesa, HP. O que possibilita builds bem especializadas, o que é divertido de montar, porém o jogo não cobra builds perfeitas para você avançar nas missões das história, o que torna um tanto mais amigável que o Armored Core nesse aspecto apesar do susto para quem vai jogar pela primeira vez ser o mesmo.
Não exige build perfeitas, porém as missões são muito variadas, então quanto mais você avança você vai necessitar de armas diferentes, seja para inimigos muito resistentes ou grandes grupos de inimigos em que você precisa mais munição.
Quanto mais o jogo avança, mais desafiante e mais divertido o jogo fica. Não só as missões vão ficando melhores como a história também.
No início é um tanto confuso, pois o jogo possui MUITOS personagens. Demora um bocado até você ser apresentado aos principais de cada facção (E mesmo assim mais vão surgindo). Como todos são mercenários o seu grupo varia de missão para missão.
Quanto mais você avança, mais você vai se familiarizando com eles. Porém a história continua confusa, mas de uma maneira boa, adicionando momentos de ficção cientifica e misticismo daquela maneira que os japoneses fazem bem. Há muitas cutscenes, incluindo combates entre mechas, então esse é um outro ponto que o jogo faz diferente dos pseudo-antecessores.
De início eu até achei ruim os diálogos desinteressantes antes do combate. Mas depois eu ficava curioso para saber que tipo de evento ia ter nas próximas missões. Porém não espere algo fácil de acompanhar ou conclusivo, a história é picotada com muitos eventos repentinos e acontecimentos fora da tela, te joga perguntas, mas não faz questão de responder até o fim. Você tem que aproveitar os momentos que adicionam emoção ao gameplay que é o brilho do jogo.
Meu primeiro contato com o jogo, fora dos trailers, foi com o demo no Switch. Porém ao menos no modo portátil o framerate era horrível e deixava o visual confuso.
Jogando no PC o jogo fica perfeito, rodando liso e muito bonito, o estilo de arte em movimento é bem melhor que o visto nas screens (E mesmo nos vídeos de divulgação que focam em explosões).
É um jogo que já te cativa no início pelo gameplay e quanto mais o jogo avança, mais divertido ele fica. Muito recomendado e apesar de estar cedo, já espero que tenha sequências pois seria um desperdício não ter mais de um jogo com um gameplay tão bom.
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