Super Robot Wars: Scramble Commander the 2nd - Review


Super Robot Wars é gigante com muitos jogos. Mas é um tanto consistente no fato de quase todos serem SRPGs.

Scramble Commander the 2nd é um dos poucos que seguem uma linha diferente, mas não foi muito longe, o jogo é um Real Time Strategy RPG para o PS2.


Feito pela BEC, estúdio da Bandai, o jogo tem gráficos totalmente 3D em escala real, você vê a diferença de tamanho entre os mechas. Isso inclui as sequências da história e foi realmente legal ver os cenários dos animes em modelos 3D, incluindo as partes que normalmente ficam ocultas, a parte traseira ou sub-aquática das construções. Esse foi um dos pontos que mais me cativou no início, um fator de novidade.


Mas logo os eventos da história me cativaram também. Para comentar mais, vamos a tradicional lista de séries do jogo.

Estreiando:
- God Soul Combination Godannar!!
- Macross Zero
- Gundam SEED Destiny

Recorrentes:
- Aura Battle Dunbine
- Brave Raideen
- Combattler V
- Dancouga
- Getter Robo G
- Mazinger Z
- Great Mazinger
- Macross: Do You Remember Love?
- Zeta Gundam
- Gundam: Char's Counterattack
- Gundam Wing: Endless Waltz
- RahXephon

Da lista minhas expectativas maiores eram para Macross Zero já que é a primeira e última participação, rever a turma de Macross original e RahXephon já que foram as últimas participações deles também. Além de que Godannar só apareceu nos jogos do DS e queria ver a dublagem de ataques deles também.


Inicialmente o grupo está sob uma restrição de Super Robôs. Há 15 anos o planeta foi atacado pelos MU de destruíram as forças da Terra, mas subitamente se fecharam em um domo chamado Tokyo Jupiter por lembrar o dito planeta.

Então começou a pesquisa de desenvolvimento de Specials (Super Robôs) para se defender dos possíveis ataques aliens, como eles possuem um poder muito maior que os Mobile Suits da Federação então foi passada essa lei sob o pretexto de que armas poderosas sem uma ameaça só são armas de destruição em massa, mas que no fim das contas foi uma forma da Federação tomar controle de todos os Super Robôs.

Porém eles ainda são necessários para enfrentar várias ameaças que surgiram durante esses 15 anos, então em torno da nave Macross que caiu na Terra foi criada a A3 - Anti Alien Assembly, que gerencia o poder dos Specials quando necessário, tendo uma certa independência e ao mesmo tempo uma fonte de interesse dos diversos grupos políticos que disputam o poder da Federação.

Tudo isso para justificar o protagonista entrar em um mecha desconhecido, acreditem. Entre e vamos dar no pé antes que os militares tomem conta desse Special, melhor ficar na A3. Depois que você pilota um mecha desconhecido, já sabe, se torna o único piloto possível.


O mecha do protagonista é muito legal, é chamado de Habakiri e faz referência a espada que matou Orochi na mitologia japonesa. Já os antagonistas possuem uma série de Mechas chamadas Ascalon em referência a espada/lança de São Jorge usada para matar um dragão, uma história bem conhecida no Brasil. Então ambas unidades são espadas matadoras de Dragão, adoro isso.

Só o protagonista pode pilotar porque o mecha possui um Celestial Reactor que gera energia sugando energia vital do piloto, nem com o Mecha parado os mecânicos conseguem ficar 5 minutos dentro da cabine.

O protagonista se chama Keiji, apelido scar face, essa cicatriz faz ele parecer ser "cool" entre outros pilotos, mas ele é bem tranquilo e a cicatriz foi algo da infância. Já a personagem original feminina é quem dá o "mission briefing", é a operadora chamada Valentina.


O início é um tanto mais lento, mas quando o jogo engrena fica bom demais pois as séries vão se resolvendo cedo então os momentos de tensão começam a ser constantes e as séries vão se conectando.

Eu tinha curiosidade sobre Macross Zero, mas não sabia que ele tinha uma pega mais de lendas antigas e acabou sendo bem importante para o background da história e para conectar as séries. A maneira como usaram Macross também foi bem legal, tanto do ponto de vista de tesouro desejado por todos grupos políticos da Terra, como também a invasão Zentrandi.

É interessante ver como o protagonista de capa do SEED Destiny, Shin, foi vilão o jogo todo no seu jogo de estreia.

Mas um dos grandes pontos para mim foi o estágio onde RahXephon enfrenta um Dolem e as luzes da cidade começam a piscar. Esse foi um dos melhores estágios no SRW MX e foi novamente no Scramble Commander 2, mas mostrado de uma maneira diferente. Realmente foi emocionante.


Fora isso uma das grandes diversões da série é que todos os protagonistas originais depois são usados na série SRW OG, então você pode livremente teorizar, imaginar, como que as séries se juntam, então todos os jogos contribuem em algo e é um grande incentivo para jogar todos. O finale, a conclusão do jogo, realmente é um bom encaixe com os jogos SRW UX e Z3, seria um bom prelúdio para estes, mas a série OG ainda está bem longe de incluir o conteúdo destes. Já o Scramble Commander 2 provavelmente se junta ao grupo no próximo OG.

O gameplay também foi mais divertido do que eu imaginava que seria, mas ainda abaixo da diversão do SRPG tradicional, principalmente na espera da movimentação das unidades, algo típico dos RTS.

O primeiro Scramble Commander não tem sumário de história no GameFaqs, dizem que é um tanto mais desinteressante também pois não tem protagonistas originais, também não tem nenhuma série exclusiva que só aparece nele. O conteúdo original dele é uma "construção" que foi usada já no SRW OG Gaiden.

Porém como curti ver as estruturas do cenário e as animações dos mechas, me animei de jogar o primeiro jogo no futuro já que ele inclui Evangelion, seria legal ver as construções da NERV assim e principalmente os eventos do End of Evangelion, se é que eles ocorrem no jogo. Justamente jogar para descobrir. No futuro.


Comentários